Todos os dias, seguimos a nossa rotina, arrebatamos as horas que passam incessantemente sem que notemos, bebês nascem e gerações mudam. O mundo e as pessoas que vivem nele permanecem em constante mudança, mas, e se nesse caminho perdemos os nossos valores e o brilho que há dentro de nós, então nunca restará o ser humano genuíno. Vejo as pessoas cada dia com mais preocupações bobas e o consumismo dominando tudo ao seu redor. E qual é a finalidade?
Não posso negar que pratico dos mesmos hábitos e pensamentos das outras pessoas, porque em nossa sociedade virou algo extremamente comum. Como Quino e seu cartoon, eu também estou desiludida com o século. Tudo parece ter menos importância quando deveria ter mais, o egoísmo predomina entre crianças que nem tiveram a experiência da vida. Eu mesma, com dezesseis anos, nem comecei. A tecnologia vem substituindo a humanidade há algum tempo. Como as pessoas têm medo de fazer amigos, elas fazem um “Orkut” onde podem achar pessoas que compartilham dos mesmos interesses. O que é um pouco ridículo, visando que se essa mesma aprender a se relacionar com um colega de aula, o qual convive todos os dias, obteria o mesmo resultado.
Parece que como é muito mais simples colocar a tecnologia entre qualquer relação, as pessoas mudam seus conceitos, perdem o respeito umas pelas outras. Não estou dizendo que o pensamento de “mudança” não é bem-vindo. Ver pessoas abrindo suas mentes e reconsiderando o que antigamente eram fatos concretos é realmente louvável. Ou mesmo poder falar com a família quando se está longe é extremamente reconfortante. Não é disso que falo. Refiro-me ao modo como o ser humano simplesmente não consegue enfrentar seus problemas ou lutar suas batalhas por conta do medo. Como as pessoas usam e abusam de coisas que foram inventadas para nos facilitar a vida, e o que era repugnante - algo que se sentássemos e parássemos para pensar, saberíamos a resposta certa - se tornou aceitável.
Muitas vezes o ruim não está nas coisas, mas sim em como as utilizamos.
4 - A distorção de valores na sociedade contemporânea.
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